sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Heróis de Todo Mundo

A série Heróis de Todo Mundo é uma produção do projeto A cor da cultura e retrata personalidades da cultura afro-brasileira que se destacaram na história do país.

Com linguagem ficcional que mistura elementos documentais, os interprogramas de “Heróis de Todo Mundo” têm dois minutos de duração cada. A atração conta com criteriosa pesquisa de imagens para mostrar as trajetórias dos “heróis”, que servem de exemplo para muitos brasileiros até hoje.


Aqui vocês podem assistir vários deles. Aproveitem!


1 - Zumbi dos Palmares





2 - Machado de Assis




3 - Ataulfo Alves



 

4 - Jackson do Pandeiro





5 - Milton Santos






6 - Juliano Moreira





7 - Negro Cosme





8 - José Benedito Correa Leite




9 - Domingos da Guia




10 - Adhemar Ferreira da Silva





11-  Candeia


 


12 - Vovó Maria Joana






13 - Lima Barreto





14 - Maria Auxiliadora da Silva





15 - Pixinguinha




16 - Teodoro Sampaio




17 - Beatriz Nascimento






18 - Mestre Valentim




19 - Luiza Mahin


 




20 - Francisco de Paula Brito




21 - Laudelina de Campos Melo




22 - Veridiano Farias




23 - João Candido Felizberto (Almirante Negro)





24 - Solano Trindade





25 - Elizeth Cardoso





26 - Carolina Maria de Jesus





27 - Pixinguinha






28 - Mãe Menininha do Gantois





29 - Luiz Gonzaga Pinto da Gama





30 - Chiquinha Gonzaga





31 - Tia Ciata





32 - Lélia Almeida Gonzalez



33 - Mãe Aninha





34 - Auta de Souza




35 - José do Patrocínio






36 - Francisco José do Nascimento (Dragão do Mar)






37 - André Pinto Rebouças


 




38 - Antonieta de Barros






39- Benjamin de Oliveira





40 - Paulo da Portela (Paulo Benjamin de Oliveira)






41 - Cruz e Souza





42 - Aleijadinho




43 - Leônidas da Silva





44 - Raimundo Souza Dantas






 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Proclamação da República

Amanhã, 15 de novembro, comemoramos mais um aniversário da Proclamação da República no Brasil.


Os alunos do 9º Ano estudaram este tema este ano. Mas se você também quiser saber sobre o tema, basta clicar na imagem abaixo para ter acesso ao dossiê sobre a Proclamação da República publicado pela Revista de História da Biblioteca Nacional.
 
 
Boa leitura e bom feriado!


http://www.revistadehistoria.com.br/revista/edicao/5

Calendário de Provas do 4º Bimestre - 2013


 
As provas serão realizadas sempre das 10:40h as 12:40h.

Produção Textual – 19/11
Língua Portuguesa – 19/11
Matemática – 21/11
Ciências – 22/11

Atividade de Produção de Texto


A partir da Leitura do texto Aqueles que dizem sim e Aqueles que dizem não, os alunos do 7º, 8º e 9º ano devem produzir um texto seguindo os descritores da Produção Textual para o 4º Bimestre.
 
Abaixo, seguem as orientações de como cada ano deverá trabalhar seu texto.
 
 
7º ANO
Escolha um episódio da história texto e acrescente um novo fato para alterar o desfecho. Você poderá escolher uma dentre as duas partes do texto para continuar a história: Os que dizem sim OU Os que dizem não.
 
 
8º ANO
Baseado no texto, dê continuidade à história. Você poderá escolher uma dentre as duas partes do texto para continuar a história: Os que dizem sim OU Os que dizem não.
 
 
9º ANO
Produza um texto de base argumentativa, do gênero artigo de opinião, sobre o desfecho da história se colocando contra ou a favor. Você poderá escolher uma dentre as duas partes do texto para continuar a história: Os que dizem sim OU Os que dizem não.

Aquele que diz sim e Aquele que diz não

AQUELE QUE DIZ SIM E AQUELE QUE DIZ NÃO
Bertold Brecht
 
 
 
PERSONAGENS


O professor
O menino
A mãe
Os três estudantes
O grande coro
 
AQUELE QUE DIZ SIM

1


O grande coro — O mais importante de tudo é aprender a estar de acordo.Muitos dizem sim, mas sem estar de acordo. Muitos não são consultados, e muitos Estão de acordo com o erro.
Por isso: 
O mais importante de tudo é aprender a estar de acordo.

O professor está no Plano 1; a mãe e o menino, no plano 2.


O Professor — Eu sou o professor. Eu tenho uma escola na cidade e tenho um aluno cujo pai morreu. Ele só tem a mãe, que cuida dele. Agora, eu vou até a casa deles para me despedir, porque estou de partida para uma viagem às montanhas. É que surgiu uma epidemia entre nós, e na cidade, além das montanhas, moram alguns grandes médicos.

Bate na porta. Posso entrar?

O Menino passando do plano 2 para o plano 1 — Quem é? Oh, o professor está aqui! O professor veio nos visitar!

O Professor — Por que faz tanto tempo que você não vai à escola na cidade?

O Menino — Eu não podia ir porque minha mãe ficou doente.

O Professor — Eu não sabia que ela também estava doente. Por favor, vá logo dizer a ela que eu estou aqui.

O Menino grita em direção ao plano 2 — Mamãe, o professor está aqui.

A Mãe sentada no plano 2 — Mande entrar.

O Menino — Entre, por favor.

Os dois entram no plano 2.

O Professor — Faz muito tempo que eu não venho aqui. Seu filho diz que a senhora também ficou doente. Está melhor agora?

A Mãe — Infelizmente não estou nada melhor, já que até agora não se conhece nenhum remédio para essa doença.

O Professor — A gente tem que descobrir alguma coisa. Por isso eu vim me despedir de vocês: amanhã eu vou partir para uma viagem através das montanhas em busca de remédios e instruções. Porque na cidade, além das montanhas, moram os grandes médicos.

A Mãe — Uma caravana de socorro nas montanhas! É verdade, eu ouvi dizer que os grandes médicos moram lá, mas também ouvi dizer que é uma caminhada perigosa. O senhor pretende levar meu filho?

O Professor — Numa viagem como esta não se levam crianças.

A Mãe — Bom, espero que o senhor volte com saúde.

O Professor — Agora eu tenho que ir embora. Adeus.

Sai para o plano 1.

O Menino seguindo o Professor, no plano 1 — Eu tenho que dizer uma coisa.

A mãe escuta à porta.

O Professor — O que é?

O Menino — Eu quero ir com o senhor para as montanhas.


O Professor — Como eu já disse à sua mãe, É uma viagem dificil e Perigosa. Você não 
Vai conseguir nos acompanhar. Além disso: 
Como você pode querer abandonar 
Sua mãe, que está doente? 
Fique. É absolutamente 
Impossível você vir conosco.



O Menino — É porque minha mãe está doente que Eu quero ir com você, para Buscar para ela remédios e instruções 
Com os grandes médicos, na cidade além das montanhas.


O Professor — Eu tenho que falar com sua mãe novamente.

Ele volta ao plano 2. O menino escuta à Porta.

O Professor — Estou aqui de novo. Seu filho diz que quer vir conosco. Eu expliquei que ele não poderia deixar a senhora sozinha e doente e que, além disso, é uma viagem difícil e perigosa. É absolutamente impossível você vir conosco, eu lhe disse. Mas ele respondeu que tem que ir à cidade, além das montanhas, buscar remédios e instruções para a sua doença.

A Mãe — Eu ouvi suas palavras. E não duvido do que o menino diz — que ele gostaria de fazer a caminhada perigosa com o senhor. Meu filho, venha cá.

O menino entra no plano 2.


Desde o dia em que Seu pai nos deixou, 
Eu não tenho ninguém 
A não ser você ao meu lado. 
Você nunca saiu 
De minha vista nem do meu pensamento 
Por mais tempo que eu precisasse 
Para fazer sua comida, 
Arrumar suas roupas e 
Ganhar dinheiro.


O Menino — É como a senhora diz. Mas apesar disso nada vai poder me desviar do que eu pretendo.


O Menino, a Mãe e o Professor — Eu vou (ele vai) fazer a perigosa caminhada E buscar remédios e instruções Para a sua (a minha) doença, 
Na cidade além das montanhas.



O Grande Coro— Eles viram que nenhum argumento Podia demovê-lo. Então o professor e a sua mãe disseram 
Numa só voz:



O Professor e a Mãe — Muitos estão de acordo com o erro, mas ele Não está de acordo com a doença, e sim Em acabar com a doença.


O Grande Coro — A mãe ainda disse:


A Mãe — Eu já não tenho mais forças. Se assim tem que ser, Vá com o professor, 
Mas volte logo.


2


O Grande Coro — As pessoas começaram a viagem Para as montanhas. Entre elas estavam o professor 
E o menino. 
Mas o menino não podia suportar tanto esforço: 
Ele forçou demais seu coração, 
Que pedia retorno imediato. 
Na alvorada, ao pé das montanhas, 
Ele quase não conseguia mais 
Arrastar seus pés cansados.


Entram no plano 1: o Professor, os três estudantes e, por último, o menino trazendo um cantil.

O Professor — A subida foi rápida. Lá está a primeira cabana. Lá nós vamos parar um pouco.

Os Três Estudantes — Nós obedecemos.

Eles sobem num estrado no plano 2. O menino detém o Professor.

O Menino — Eu tenho que dizer uma coisa.

O Professor — O que é?

O Menino — Eu não me sinto bem.

O Professor — Pare! Quem faz uma viagem como esta não pode dizer essas coisas. Talvez você esteja cansado por não estar acostumado a subir montanhas. Pare e descanse um pouco.

Ele sobe no estrado.

Os Três Estudantes — Parece que o menino está cansado por causa da subida. Vamos perguntar ao professor.

O Grande Coro — Sim. Perguntem!

Os Três Estudantes ao Professor — Nós ouvimos que o menino está cansado por causa da subida. O que há com ele? Você está preocupado com ele?

O Professor — Ele não está se sentindo bem, é só isso. Ele está só cansado por causa da subida.

Os Três Estudantes — Então você não está preocupado com ele?

Longa pausa.


Os Três Estudantes entre eles — Vocês ouviram? O professor disseQue o menino está somente cansado por causa da subida. 
Mas ele não está ficando com uma aparência muito estranha?
Logo depois da cabana vem a passagem estreita. 
Só se pode passar por ela
Agarrando-se à rocha com as duas mãos. 
Tomara que ele não esteja doente,
Porque, se ele não puder continuar, nós vamos ter que 
Deixar o menino aqui.



Eles gritam em direção ao Plano 1, com as mãos em concha:Você está doente? — Ele não responde. — Vamos perguntar ao professor.Ao professor: Quando há pouco perguntamos pelo menino, você disse que ele estava simplesmente cansado por causa da subida, mas agora ele está com uma aparência muito estranha. Olhe, ele até está sentado.


O Professor — Estou vendo que ele ficou doente. Tentem carregá-lo na passagem estreita.

Os Três Estudantes — Vamos tentar.

Os três estudantes tentam atravessar a “passagem estreita” carregando o menino. A “passagem estreita” deve ser construída pelas atores com estrados, cordas, cadeiras etc., de tal forma que os três estudantes possam passar sós, mas não carregando o menino.

Os Três Estudantes — Não podemos passar com ele e também não podemos ficar com ele. Aconteça o que acontecer, nós temos que continuar porque uma cidade inteira está esperando o remédio que nós viemos buscar. É terrível ter que dizer isto, mas, se ele não pode vir conosco, nós vamos ter que deixar o menino aqui, nas montanhas.

O Professor — É verdade, talvez tenham que fazer isto. Eu não posso me opor a vocês. Mas eu acho justo que se pergunte àquele que ficou doente se se deve voltar por sua causa. Meu coração tem pena dessa pessoa. Eu vou até ele e, com o maior cuidado, vou prepará-lo para o seu destino.

Os Três Estudantes — Faça isso, por favor.

Eles se colocam frente a frente.


Os Três Estudantes e o Grande Coro — Nós vamos lhe perguntar (eles lhe perguntaram) se ele querQue se volte (que voltem) por sua causa.Porém, mesmo se ele quiser,
Nós não vamos (eles não iam) voltar, 
E sim deixá-lo aqui e continuar.


O Professor, que foi até o menino no plano 1 — Presta atenção! Como você ficou doente e não pode continuar, vamos ter que deixar você aqui. Mas é justo que se pergunte àquele que ficou doente se se deve voltar por sua causa. E o costume exige que aquele que ficou doente responda: vocês não devem voltar.

O Menino — Eu compreendo.

O Professor — Você exige que se volte por sua causa?

O Menino — Vocês não devem voltar!

O Professor — Então você está de acordo em ser deixado aqui?

O Menino — Eu quero pensar. Pausa para reflexão. Sim, eu estou de acordo.

O Professor grita em direção ao plano 2 — Ele respondeu conforme a necessidade!

O Grande Coro e os Três Estudantes no momento em que os três estudantes descem ao Plano 1 — Ele disse sim. Continuem!

Os três estudantes param.


O Professor — Agora continuem, não parem,Porque vocês decidiram continuar.


Os três estudantes não se movem.

O Menino — Eu quero dizer uma coisa: eu peço que não me deixem aqui, e sim me joguem no vale, porque eu tenho medo de morrer sozinho.

Os Três Estudantes — Nós não podemos fazer isso.

O Menino — Parem! Eu exijo.


O Professor — Vocês decidiram continuar e deixá-lo aqui. É fácil decidir o seu destino, mas difícil executá-lo.
Estão prontos para jogá-lo no vale?


Os Três Estudantes — Sim.


Os três estudantes levam o menino para o estrado no plano 2.

Encoste a cabeça em nossos braços. 
Não faça força. 
Nós levamos você com cuidado.


Os três estudantes colocam o menino na parte posterior do estrado e, de pé à sua frente, escondem-no do público.

 
 
O Menino invisível — Eu sabia muito bem que nesta viagem Arriscava perder minha vida. Foi pensando em minha mãe 
Que me fez partir. 
Tomem meu cantil, 
Ponham o remédio nele 
E levem para minha mãe, 
Quando vocês voltarem.
 
 
O Grande Coro — Então os amigos pegaram o cantil E deploraram os tristes caminhos do mundo E suas duras leis amargas, 
E jogaram o menino. 
Pé com pé, um ao lado do outro, 
Na beira do abismo, 
De olhos fechados, eles jogaram o menino, 
Nenhum mais culpado que o outro. 
E jogaram pedaços de terra 
E umas pedrinhas 
Logo em seguida.


 
 
AQUELE QUE DIZ NÃO


1


O Grande Coro — O mais importante de tudo é aprender a estar de acordo.
Muitos dizem sim, mas sem estar de acordo. Muitos não são consultados, e muitos 
Estão de acordo com o erro. 
Por isso: 
O mais importante de tudo é aprender a estar de acordo.

 
O Professor está no Plano 1; a mãe e a menina, no plano 2.

O Professor — Eu sou o professor. Eu tenho uma escola na cidade e tenho um aluno cujo pai morreu. Ele só tem a mãe, que cuida dele. Agora, eu vou até a casa deles para me despedir, porque estou de partida para uma viagem às montanhas. Bate na porta. Posso entrar?

O Menino passando do plano 2 para o plano 1 — Quem é? Oh, o professor está aqui! O professor veio nos visitar!

O Professor — Por que faz tanto tempo que você não vai à escola na cidade?

O Menino — Eu não podia ir porque minha mãe ficou doente.

O Professor — Eu não sabia. Por favor, vá logo dizer a ela que eu estou aqui.

O Menino grita em direção ao Plano 2 — Mamãe, o professor está aqui.

A Mãe sentada numa cadeira de madeira no plano 2 — Mande entrar.

O Menino — Entre, por favor.

Os dois entram no plano 2.

O Professor — Faz muito tempo que eu não venho aqui. Seu filho diz que a senhora tem estado doente. Está melhor agora?

A Mãe — Não se preocupe com a minha doença, não há de ser nada.

O Professor — Fico contente de ouvir isto. Eu vim me despedir de vocês, porque amanhã eu estou de partida para as montanhas numa viagem de estudos, porque na cidade, além das montanhas, moram os grandes mestres.

A Mãe — Uma viagem de estudos nas montanhas! É verdade, eu ouvi dizer que os grandes médicos moram lá, mas também ouvi dizer que é uma caminhada perigosa. O senhor pretende levar meu filho?

O Professor — Numa viagem como esta, não se levam crianças.

A Mãe — Bom, espero que o senhor volte com saúde.

O Professor — Agora eu tenho que ir embora. Adeus. Sai para o plano 1.

O Menino seguindo o Professor, no plano 1 — Eu tenho que dizer uma coisa.

A mãe escuta à porta.

O Professor — O que é?

O Menino — Eu quero ir com o senhor para as montanhas.


O Professor — Como eu já disse à sua mãe, 
É uma viagem difícil e Perigosa. Você não 
Vai conseguir nos acompanhar. Além disso: 
Como você pode querer abandonar 
Sua mãe, que está doente? 
Fique. É absolutamente 
Impossível você vir conosco.

 
O Menino — É porque minha mãe está doente que 
Eu quero ir com você, para Buscar para ela remédios e instruções 
Com os grandes médicos, na cidade além das montanhas.

 
O Professor — Mas você estaria de acordo com todos os imprevistos que lhe poderiam surgir durante a viagem?

O Menino — Sim.

O Professor — Eu tenho que falar com sua mãe novamente.

Ele volta ao plano 2. O menino escuta à porta.

Estou aqui de novo. Seu filho diz que quer vir conosco. Eu expliquei que ele não poderia deixar a senhora sozinha e doente e que, além disso, é uma viagem difícil e perigosa. É absolutamente impossível você vir conosco, eu lhe disse. Mas ele respondeu que tem que ir à cidade, além das montanhas, buscar remédios e instruções para a sua doença.

 

A Mãe — Eu ouvi suas palavras. E não duvido do que o menino diz -que ele gostaria de fazer a caminhada perigosa com o senhor. Meu filho, venha cá.

O menino entra no plano 2.

Desde o dia em que 
Seu pai nos deixou, 
Eu não tenho ninguém 
A não ser você do meu lado. 
Você nunca saiu 
De minha vista nem do meu pensamento 
Por mais tempo que eu precisasse 
Para fazer sua comida, 
Arrumar suas roupas e 
Ganhar dinheiro.


O Menino — É como a senhora diz. Mas apesar disso nada vai poder me desviar do que eu pretendo.


O Menino, a Mãe e o Professor — Eu vou (Ele vai) fazer a perigosa caminhada
E buscar remédios e instruções Para a sua (a minha) doença,
Na cidade além das montanhas.



O Grande Coro — Eles viram que nenhum argumento 
Podia demovê-lo.Então o professor e a mãe disseram 
Numa só voz:



O Professor e a Mãe — Muitos estão de acordo com o erro, mas ele 
Não está de acordo com a doença, e sim Em acabar com a doença.


O Grande Coro — A mãe ainda disse:


A Mãe — Eu já não tenho mais forças. 
Se assim tem que ser,Vá com o professor, 
Mas volte logo.



2


O Grande Coro — As pessoas começaram a viagem 
Para as montanhas. Entre elas estavam o professor, 
E o menino. 
Mas o menino não podia suportar tanto esforço: 
Ele forçou demais seu coração, 
Que pedia retorno imediato. 
Na alvorada, ao pé das montanhas, 
Ele quase não conseguia mais 
Arrastar seus pés cansados.

Entram no plano 1: o Professor, os três estudantes e, por último, o menino trazendo um cantil.


O Professor — A subida foi rápida. Lá está a primeira cabana. Lá nós vamos parar um pouco.


Os Três Estudantes — Nós obedecemos.

Eles sobem num estrado do plano 2. O menino detém o professor.

 
O Menino — Eu tenho que dizer uma coisa.

O Professor — O que é?

O Menino — Eu não me sinto bem.

O Professor — Pare! Quem faz uma viagem como esta não pode dizer essas coisas. Talvez você esteja cansado por nao estar acostumado a subir montanhas. Pare e descanse um pouco. Ele sobe no estrado.

Os Três Estudantes — Parece que o menino ficou doente por causa da subida. Vamos perguntar ao professor.

O Grande Coro — Sim. Perguntem!

Os Três Estudantes ao professor — Nós ouvimos que o menino ficou doente por causa da subida. O que há com ele? Você está preocupado com ele?

O Professor — Ele não está se sentindo bem, é só isso. Ele está só cansado por causa da subida.

Os Três Estudantes — Então você não está preocupado com ele?

Longa pausa.


Os Três Estudantes entre eles — Vocês ouviram?
O professor disseQue o menino está somente cansado por causa da subida. 
Mas ele não está ficando com uma aparência estranha? 
Logo depois da cabana vem a passagem estreita.
Só se pode passar por ela
Agarrando-se à rocha com as duas mãos. 
Nós não podemos carregar ninguém.
Devemos então seguir o grande costume e 
Jogar o menino no vale?

Eles gritam em direção ao Plano 1, com as mãos em concha:

A subida da montanha lhe fez mal?


O Menino — Não. 
Vejam, eu estou em pé Eu não estaria sentado 
Se estivesse doente?

Pausa. O menino senta-se.


Os Três Estudantes — Vamos falar com o professor. Mestre, quando há pouco perguntamos pelo menino, você disse que ele estava simplesmente cansado por causa da subida. Mas agora ele está com uma aparência muito estranha. Olhe, ele até está sentado. É terrível ter que dizer isto, mas há muito tempo reina um grande costume entre nós: aquele que não pode continuar será jogado no vale.

O Professor — Como, vocês querem jogar este menino no vale?

Os Três Estudantes — Sim. É a nossa intenção.

O Professor — É um grande costume. Eu não posso me opor a ele. Mas o grande costume também exige que se pergunte àquele que ficou doente se se deve voltar por sua causa. Meu coração tem muita pena dessa pessoa. Eu vou até ele e, com o maior cuidado, vou lhe falar do grande costume.


Os Três Estudantes — Faça isso, por favor.

Eles se colocam frente a frente.



Os Três Estudantes e o Grande Coro — Nós vamos lhe perguntar (eles lhe perguntaram) se ele quer
Que se volte (que voltem) por sua causa. Porém, mesmo se ele quiser, 
Nós não vamos (eles não iam) voltar, 
E sim jogá-lo no vale.


O Professor, que foi até o menino no Plano 1 — Presta atenção! Há muito tempo existe a lei que aquele que fica doente numa viagem como esta tem que ser jogado no vale. A morte é imediata. Mas o costume também exige que se pergunte àquele que ficou doente se se deve voltar por sua causa. E o costume exige que aquele que ficou doente responda: Vocês não devem voltar. Se eu estivesse em seu lugar, com que prazer eu morreria!

O Menino — Eu compreendo.

O Professor — Você exige que se volte por sua causa? Ou está de acordo em ser jogado no vale como exige o 1 grande costume?

O Menino, depois de um tempo de reflexão — Não. Eu não estou de acordo.

O Professor grita em direção ao Plano 2 — Desçam até aqui. Ele não respondeu de acordo com o costume.

Os Três Estudantes descendo em direção ao plano 1 — Ele disse não. Ao menino: Por que você não responde de acordo com o costume? Aquele que disse a, também tem que dizer b. Naquele tempo quando lhe perguntavam se você estaria de acordo com tudo que esta viagem poderia trazer, você respondeu que sim.

O Menino — A resposta que eu dei foi falsa, mas a sua pergunta, mais falsa ainda. Aquele que diz a, não tem que dizer b. Ele também pode reconhecer que a era falso. Eu queria buscar remédio para minha mãe, mas agora eu também fiquei doente, e, assim, isto não émais possível. E diante desta nova situação, quero voltar imediatamente. E eu peço a vocês que também voltem e me levem para casa. Seus estudos podem muito bem esperar. E se há alguma coisa a aprender lá, o que eu espero, só poderia ser que, em nossa situação, nós temos que voltar. E quanto ao antigo grande costume, não vejo nele o menor sentido. Preciso é de um novo grande costume, que devemos introduzir imediatamente: o costume de refletir novamente diante de cada nova situação.

Os Três Estudantes ao professor — O que fazer? O que o menino disse não é nada heróico, mas faz sentido.

O Professor — Eu deixo com vocês a decisão do que fazer. Mas tenho que lhes dizer uma coisa: se vocês voltarem, vão ser cobertos de zombaria e vergonha.

Os Três Estudantes — Não é vergonha ele falar a favor de si próprio?

O Professor — Não. Eu não vejo nisso nenhuma vergonha.


Os Três Estudantes — Então nós queremos voltar. Não vai ser a zombaria e não vai ser o desprezo que vão nos impedir de fazer o que é de bom senso, e não vai ser um antigo costume que vai nos impedir de aceitar uma ideia justa.
Encoste a cabeça em nossos braços. Não faça força.
Nós levamos você com cuidado.

O Grande Coro — Assim os amigos levaram o amigo 
E eles criaram um novo costume, E uma nova lei, 
E levaram o menino de volta. 
Lado a lado, caminharam juntos 
Ao encontro do desprezo, 
Ao encontro da zombaria, de olhos abertos, 
Nenhum mais covarde que o outro.